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domingo

Segredo da criação




Pediu que um passarinho levasse até ela. Um segredo de amor da criação. Entrou pela janela e sussurrou em seu ouvido. Todo poeta tem uma Lua no peito. Quando encontra um Sol, há paixão.

Joakim Antonio



Imagem: A little bird told me by bruno-sousa

sábado

Descalços


O mundo sempre foi sujo e os poetas descalços. 
Não por rebeldia. Necessitam sentir terra firme.
Nas nuvens, eles já estão.

Joakim Antonio


Imagem: Earth love by Starxfish

quinta-feira

Precisamos de blogueiros - Scenarium Livros artesanais


ATENÇÃO!

Está aberta a temporada para novos parceiros da Scenarium livros artesanais...

Precisamos de blogueiros comprometidos e criativos para nos ajudar com as divulgações.

É necessário:

— Blogue atualizados periodicamente
— Conteúdo literário
— Escrever resenhas

E ai, gostou?
Para se candidatar, mande seu portfólio para o e-mail scenariumplural@gmail.com

Enviaremos um e-mail de confirmação.
A data final para mandar seu portfólio é dia 30/12.

Então corra!

https://www.facebook.com/scenariumlivrosartesanais/

sábado

Lição natural


A natureza ensina, mesmo enrolada, há beleza na vida!

Joakim Antonio


Imagem: https://www.instagram.com/poetajoakimantonio

Conheça a Página - Facebook - Poeta Joakim Antonio



Sempre me identifiquei com o trovão e seus nuances, tenho a impressão que ele rasga o tecido da realidade, trazendo algo mais.

Joakim Antonio


Conheça a página:

Facebook - Poeta Joakim Antonio

segunda-feira

Dúvida - Locução




Ultimamente ando em dúvida
sobre duas pequenas palavras
não sei qual provoca mais
se é De-lí-cia... ou é Di-a-ba...

Joakim Antonio

Imagem: Couple by Guszti132

sábado

Tortuoso - Excertos


(...) Buscando a escrita perfeita, ouço que Deus deve ser espelho, mas pouco importa, pois cabe a Ele escrever certo por linhas tortas. Eu sou, não quero ser, sou inegavelmente imperfeito e nunca me endireito, talvez por isso aceitei e me redescobri, quando me chamaram de poeta.

Sempre escrevi torto, em linhas retas.


Joakim Antonio


Tortuoso - https://retratosdaalma.wordpress.com/2013/12/17/tortuoso-por-joakim-antonio/


Imagem: Lines and Curves by Aquapell

segunda-feira

Quietude


Hoje em dia é fácil avisar a todos e ficar em casa, como se tudo parecesse certo, divino, centrado. Mas se prestarmos atenção na quietude em meio aos gritos, veremos que há um poema enlutado.


Joakim Antonio


Imagem: By Gilles Lambert

quarta-feira

Malditas palavras benditas


Malditas palavras benditas. Que venham de surpresa, para um laço de fita. Que apareçam colorindo e o branco, nunca seja visto. Malditos escritores, benquistos moradores, do reino das palavras que ainda serão vistas.

Joakim Antonio


Imagem: Writing on windows by Everriviere

domingo

Desatinado


Poetas são anarquistas, mas ainda possuem uma regra para viver. É expressamente proibido, desenlouquecer. 


Joakim Antonio


Imagem: RyanMcGuire

quarta-feira

Chuva na alma




Dizem que um poema carrega o poder da palavra. Gritei chuva, caiu granizo. Sussurrei vento, choveu na alma.


Joakim Antonio

Imagem: Rain by mojab

terça-feira

Adaptabilidade



Bom dia!

Domingo conversando com um amigo, chega outro me pedindo um conselho. Achei estranho, pelo momento. Ele queria se adaptar mais fácil às coisas da vida, como disse que eu faço. Parei e analisei o momento atual. Disse-lhe que isso nem sempre é uma coisa boa. Talvez por uma criação de um povo sofrido do sertão, aprendi a tornar-se duro na queda, mesmo tendo sido doce. E não acho isso tão legal. Dá uma proteção sim, mas deixa algo no peito, como se o que se passou recentemente não fosse tão forte, o que não é verdade. A verdade é que aprendemos a aguentar as dores.

Depois ele revelou que tinha a ver com relacionamentos, dizendo que queria mudar seu jeito totalmente. Falei que talvez não fosse tão fácil e mais, talvez não valesse a pena. Contei como me adaptei a palavras suaves e sorrisos cantados, não apenas escrevendo, mas resolvendo que iria mudar para acompanhar aquela alegria. Eu poeta, palhaço, homem, menino. Me vi apenas menino. Pensei bem e lhe disse novamente, que talvez não valesse a pena. Pois um animal, sem qualquer de suas partes, fica aleijado.

Ele insistiu para saber o porquê, como, onde e quem, para entender perfeitamente minhas colocações. Mas lhe disse que não adiantava saber, nada disso e pior ainda, quem seria. Assim como mais pessoas, insistiram muito em saber. Essa parte eu não consigo deixar fora de mim, discrição. Aprendi que só a mulher tem poder para pedir, a parada e a ascensão do próprio nome. Ninguém mais. Mas consegui lhe dar o melhor conselho que me veio à mente.

Não deixe de ser você, sua essência sempre gritará depois, tanto pra não morrer, como para atender ao menor chamado dela. Ele ficou meio que sem entender e pediu uma melhor explicação. Então deixei quase explicita:

- Vocês dois lembram dos meus posts e tudo mais que passei certo? Por uma única vez, querendo o que chegou, relembrando desejos diretos da infância. Eu deixei o explícito de lado, evitando falar diretamente de sexo. Mesmo que estivesse implícito.

- Tá e daí, isso não quer dizer que daria certo do outro jeito né?

- Sim, mas no meu caso, sem falar disso, não dará certo nunca.

- Porquê?

- Sem a essência, até o menino morre!

(conversas de domingo, sem bebida, amigo que passou e pediu conselho e lembranças de "ganhos na loteria", despertas pelo Henrique, que me arrumou até um banquinho pra sentar, o dia inteiro quase)

Joakim Antonio 


Imagem: Adaptability by PeteHamilton

Card - Despertar



Amanheceu com algo no peito, totalmente diferente do que conhecia, quando abriu a boca para contar, só saíram poesias.

Joakim Antonio




Do texto Despertar II, publicado em 03/07/2011

Presente da amiga Margot Vidal

Dispersando-se


Ainda não se entregara por completo, mesmo vendo letras no olhares e frases nos gestos. Estava a um passo de cair, uma brisa para voar, um instante para se despedir e finalmente aceitar, tudo que não era.
Não era poeta, não era verso, não sabia poesia; não era forte, não era bravo, não tinha a mínima noção de o quê lhe possuía. Mudara a rotina da noite e aceitara o dia, mas na tarde seguinte, via tudo mudado, de volta ao que não queria.

Buscou o silêncio, mas ele gritou, ao selar os lábios, começou a tossir. Tentou conter as mão no bolso furado, sentiu o chão gelado invadir a meia puída, e então, sem saber o que fazer, correu. Fugiu da própria sombra e se escondeu no sótão do céu, mas o céu o traiu e se abriu, revelando um novo tom.

Cansado e encarando o destino, parou de correr, andou vagarosamente até o precipício das letras, e ao contrário do que pregam, não lhe nasceram asas, não ouviu trombetas, não descobriu nenhum segredo do universo, apenas sentou e se entregou.

Aos poucos, foi virando criança novamente e começou a cantar. Sentiu a prosa no sangue, respirou a crônica no ar, o coração rimou dentro do peito e a divisão, entre ele e as letras, se dissolveu no ar.




Joakim Antonio



Imagem: http://slotigork.deviantart.com/art/Dissolve-150402244

domingo

Falso sumiço


Pai, pai, está sonhando acordado?

Não filho, estou relembrando.

O quê, conta, conta.
 
Diz a lenda, que foi nessa praia, ele caminhou até a margem, despiu-se das roupas antigas, olhou o horizonte sem medo, deu um sorriso e entrou no mar.

E depois pai, e depois.

Nunca mais foi visto.

Ele morreu?

De certa forma, sim.

Como assim, ninguém viu ele voltar, ele sumiu?

Não, mas dizem que naquela noite, choveram estrelas.

Então ele morreu, né pai, se o céu chorou por ele.

Quem sabe, ou talvez, entenderam tudo errado.

Por quê?

Porque ele era poeta.

Humm, e daí, não to entendendo nada.

Quando o poeta fala de roupas, muitas vezes que dizer ideias e quando fala de horizonte, pode querer dizer futuro, assim como seu mar, geralmente, é feito de sonhos.

Nossa, como o senhor sabe de tudo isso?

Porque um dia, eu li seus escritos e nós éramos tão parecidos, que eu achei, por um tempo, que também era poeta. Através dos livros, ele me revelou que quando o poeta sorri, não é porque vai sumir e sim, porque, finalmente se encontrou.

E o senhor nunca falou com ele pessoalmente?

Muitas, mas eu era muito pequeno e só lembro da nossa última conversa e... Ah, já escureceu, vamos embora?

Mas, pai, e a conversa, eu quero saber.

Eu disse para ele; "Poeta, eu quero ser igual você, ter o dom de fazer chover estrelas e, mais que isso, te fazer sorrir!".

E o que ele respondeu?

"Não sei quanto a chover estrelas, mas já tem, há muito, o dom de me fazer sorrir, isso acontece toda vez que em vez de me chamar de poeta, você me abraça e fala, PAI."

Então o poeta era meu vô?

Era.
 
Chora não pai, eu sei que o senhor também é poeta.

É - limpando os olhos - como filho?

Olha lá pra cima, tá chovendo estrelas de novo.


Joakim Antonio



Imagem: Living or dying by Eyesweb1

quarta-feira

Perplexos



Nunca tinham visto nada parecido, ele não parava de escrever pela ruas. Alguns o viam como anjo e outros como demônio, mas nenhum deles passou incólume aos seus dizeres, totalmente perplexos com as escritas em sangue pelas paredes. A verdade é que nem ele tinha explicação, mas sempre que uma criança se aproximava após o término da escrita e timidamente perguntava o que ele era, apenas ria com o canto da boca, arrancava outra pena das costas e dizia, "Sou Poeta!".

Joakim Antonio


Imagem: Poet by Tirex

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