As mina, os mano, a vista
Antiguidade na área, passo com pista
Falta quem já se foi, chega quem retorna
Taca mais carne na grelha, várias histórias
Breja na mão, drink na mente, sangue nas veias
Lua cheia
Risada em alto tom
As luzes piscam, o som se espalha, as mina dança
À noite, o dia é loko
Em Lauzangeles
A borboleta pousa suavemente e o gato não a espanta. A curiosidade move o momento em ambos. Ele nunca a observou antes. Ela nunca pousou e o olhou de perto. Um vento suave passa acariciando os dois, selando o momento de uma linda amizade, num poema além da vida. E nos momentos pelo mundo, causarão alegrias, mas nunca irão saber e nem precisam. Quem começa o poema e tampouco, quem o continua.
Se você não tem nada o que agradecer, com certeza está olhando pro lado errado. Quer um exemplo? Você tem comida em casa? Um teto que lhe proteja? Amigos que lhe tratem com gentileza?
Hoje em dia é fácil avisar a todos e ficar em casa, como se tudo parecesse certo, divino, centrado. Mas se prestarmos atenção na quietude em meio aos gritos, veremos que há um poema enlutado.
Em se tratando de histórias, traçava a sua enquanto já pensava em outra e vivia, ao mesmo tempo, em mais de um lugar. Entre os livros, estava em seu habitat.
Falamos do caos, amamos o caos e sabemos sobre toda sua força de transformação. Ele queima por dentro, mas quando se apresenta por fora, ele chega embutido num sorriso, limpando e virando sua vida de cabeça pra baixo, mas te levando acima. Como quem dissesse. Agora quero ver você não dar o salto!
Buscar, nem sempre é mudar radicalmente, mas não mudar nada é estagnar-se. Como um bonsai, onde não se corta nada a mais e sim dá a ele o poder de se expressar, precisamos ajudar a natureza da vida a ser.
Sem sinal, sem escuta. Conexão frágil, entre o nada e tudo. Procura intensa, de asas angelicais, nem tão boas, nem tão más, entre as nuvens. Há uma parede de palavras concretas, parada de olhos cheios e bocas famintas, pedindo alma nua. Alguém roubou as veias, que alimentam vidas, online, offline, make-uplines. Reflexos de cima. Não há diferença entre dentro e fora. O céu continua cinza.
Quanto mais dançava, mais a areia da ampulheta escorria. Do lado de fora, o medo lhe perguntava, se era aquilo mesmo que queria. Do lado de dentro, sem nem pensar, respondia:
- Se não for pra fazer o que amo, de que vale uma longa vida.
Joakim Antonio
Imagem : Skipping through the sand by Seattleslough
Todos os dias, saímos munidos de nossa bagagem
levando na mochila, experiências, certezas e sabedoria
mas por mais que nos achemos preparados
na escola da vida, é sempre o primeiro dia
Não é que a vida seja difícil. É que antigamente, não precisava entender tudo, e sim, do que estava fazendo, as principais regras. Lembrou-se que tudo era mais fácil. Bastava brincar de amarelinha, para chegar ao céu.
A consciência da vida chega de surpresa, nos deixando espantados. É como se olhássemos pelo buraco na parede, para ver a pequena toca do rato. Mas descobríssemos com espanto, que do outro lado, está o gato.