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quarta-feira

O filho da Dona Luzia



Boa noite!
Sabe aquela história, de que sua mãe fica cada vez mais sábia. Nada poderia ser mais verdade, quanto mais converso com os amigos, mais vejo que tudo em mim veio dela. Aquela senhorinha que veio no pau de arara e você chega em casa e está ouvindo um solo de guitarra na TV Cultura. Beata de carteirinha, zeladora da capelinha que passa de casa em casa, odeia ver notícias ruins na TV e sempre questionou quando o repórter fala, "Morreram apenas...", completando com, "Um só já é muito.".

Aquela senhorinha, sim porque ela nem tem um metro e meio de altura, que passou poucas e boas, no sertão nordestino, deixando-a com os cabelo brancos precoce, fazendo com que eu menino, brigasse com todo mundo dizendo, "Ela não é minha vó!".

Aquele mãe que divide em pedaços, até o mínimo pedaço, não importando que você diga que não quer, pois ficará guardado para depois. Que ajudou, enquanto pode, na lição de casa e que sempre assiste os jornais e documentários e diz, "Você sabia que.."

Aquela pessoa que outros me encontram e dizem, "Eu vi ela sozinha, coitadinha", mas que não para em casa, vai, volta e viaja, sempre com um sorriso no rosto e fazendo questão de ir sozinha, pois não quer nem pensar em ficar velha, pois "Velho é algo que você joga fora!".

Aquela mulher, que alguém me disse, que eu olho ela em outro patamar, mas como discordar, se o que mais quero é poder sempre conservar, como ela, um sorriso e, oxalá um dia, poder ter sua grande adaptabilidade e sabedoria.


Ass.: O filho da Dona Luzia (de preto)

(Esse texto estava em rascunho há anos, mas ao ler, o final fez par com o anterior, coisas da vida)




terça-feira

Adaptabilidade



Bom dia!

Domingo conversando com um amigo, chega outro me pedindo um conselho. Achei estranho, pelo momento. Ele queria se adaptar mais fácil às coisas da vida, como disse que eu faço. Parei e analisei o momento atual. Disse-lhe que isso nem sempre é uma coisa boa. Talvez por uma criação de um povo sofrido do sertão, aprendi a tornar-se duro na queda, mesmo tendo sido doce. E não acho isso tão legal. Dá uma proteção sim, mas deixa algo no peito, como se o que se passou recentemente não fosse tão forte, o que não é verdade. A verdade é que aprendemos a aguentar as dores.

Depois ele revelou que tinha a ver com relacionamentos, dizendo que queria mudar seu jeito totalmente. Falei que talvez não fosse tão fácil e mais, talvez não valesse a pena. Contei como me adaptei a palavras suaves e sorrisos cantados, não apenas escrevendo, mas resolvendo que iria mudar para acompanhar aquela alegria. Eu poeta, palhaço, homem, menino. Me vi apenas menino. Pensei bem e lhe disse novamente, que talvez não valesse a pena. Pois um animal, sem qualquer de suas partes, fica aleijado.

Ele insistiu para saber o porquê, como, onde e quem, para entender perfeitamente minhas colocações. Mas lhe disse que não adiantava saber, nada disso e pior ainda, quem seria. Assim como mais pessoas, insistiram muito em saber. Essa parte eu não consigo deixar fora de mim, discrição. Aprendi que só a mulher tem poder para pedir, a parada e a ascensão do próprio nome. Ninguém mais. Mas consegui lhe dar o melhor conselho que me veio à mente.

Não deixe de ser você, sua essência sempre gritará depois, tanto pra não morrer, como para atender ao menor chamado dela. Ele ficou meio que sem entender e pediu uma melhor explicação. Então deixei quase explicita:

- Vocês dois lembram dos meus posts e tudo mais que passei certo? Por uma única vez, querendo o que chegou, relembrando desejos diretos da infância. Eu deixei o explícito de lado, evitando falar diretamente de sexo. Mesmo que estivesse implícito.

- Tá e daí, isso não quer dizer que daria certo do outro jeito né?

- Sim, mas no meu caso, sem falar disso, não dará certo nunca.

- Porquê?

- Sem a essência, até o menino morre!

(conversas de domingo, sem bebida, amigo que passou e pediu conselho e lembranças de "ganhos na loteria", despertas pelo Henrique, que me arrumou até um banquinho pra sentar, o dia inteiro quase)

Joakim Antonio 


Imagem: Adaptability by PeteHamilton
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