terça-feira
Projetando
Seus olhos brilharam e correu pra fora, pra contar o segredo aos amigos. Depois de um tempo, o pai foi ver o que acontecia. Lá fora uma paisagem desenhada. Casa, sol, árvore, chão, flores, nuvens e muita cor. Antes que o pai perguntasse, correu e disse, que se desenhando o sol, isso o atrairia, então iriam desenhar um novo mundo, do jeito que mais queriam.
Joakim Antonio
Imagem: Painting their own future by Gotosumeet
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segunda-feira
Menina do olho
Podia ser mais racional, obter o equilíbrio certo entre o pueril e o bruto, tecer o próprio destino. Andar por todos os lugares e perder-se do fio de Ariadne. Provar e colar no rosto, suor e beijo, que gritam no peito, chegando até a arder. Mas, no final, nunca sou eu que realmente escolho, o sorriso e a menina que brilham no fundo do meu olho.
Joakim Antonio
Imagem: Free Stock
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sábado
Gravura
Fui brincar de ser feliz, então descobri, que meus problemas eram feitos com giz de cera. Agora, só desenho o que eu queira.
Joakim Antonio
Imagem: Crayon art 2 by Jaxom-san
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sexta-feira
Primaveril
O povo do lobo era fascinado pela primavera. Diziam que no inverno, o espirito do lobo corria pelas estações futuras. Em cada uma delas, via tudo que necessitava ser novamente e voltava trazendo presentes. Ventava em pobres estruturas, chovia alagando terras, queimava parte da floresta, rolava pedras nas antigas estradas e então dormia. Para cada acontecimento, o xamã via uma lição. Filhos que estavam parados, ajudavam a criar novas estruturas, a terra absorvia a água e alimentava a floresta, em especial, as sementes que só abrem na presença do fogo e as pedras na estrada, os obrigava a criar novos caminhos. Para cada ato, o espírito na floresta se fortalecia em união. A divisão, entre lobo e floresta, não mais existia. No último dia de inverno, a pele daquele lobo se recobria de flores e sua face surgia calma, para um novo caminhar. E no horário certo, todos se reuniam para a grande festa, pois o abrir dos seus olhos, acordava a primavera.
Joakim Antonio
Imagem: In quietness by Alectorfencer
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quinta-feira
Cotidiano
Cotidianamente escrevia. Pensamentos entintados que borravam a face, quando mudos. Falas ritmadas que viravam canções, quando os passarinhos vinham. Versos quebrados que viravam poemas inteiros, quando o olhar sorria. Cotidianamente escrevia, deixando letras, no papel do coração.
Joakim Antonio
Imagem: Think by Igreeny.jpg
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quarta-feira
Guardiã
Neste fim de semana, vivenciei dias de trilhas, descobertas e presentes, sendo que a última experiência foi uma pequena iluminação de ideias, que trouxe paz ao coração de todos os envolvidos.
Ao entrarmos na mata, já sabíamos qual era a trilha e o local mais propício, mas fomos sendo atraídos para outro caminho, aberto aos olhos em conjunto, como que guiados ao nosso destino. Seguimos até encontrarmos uma árvore ainda desconhecida para nós, imponente e altiva, com uma energia que só conseguimos descrever como maternal. Uma grande mãe no topo da floresta, oferecendo guarida aos filhos, que em agradecimento também a protegiam. Fato impossível de não ser notado, pela quantidade de moradores da floresta que apareceram, fazendo com que também agradecêssemos.
Foi um momento surreal, pois alguém teve a ideia de abraçar a árvore para agradecer. Uma energia de paz percorreu a todos e, de olhos fechados, podíamos ouvir cada habitante da floresta a nos envolver, como em uma dança ancestral… o crepitar das folhas sendo pisadas nos deixava perceber o quanto seus outros filhos estavam perto e nos rodeando, numa enorme ciranda em volta da grande mãe.
Ao abrir os olhos, cada um contou suas percepções, mas a mais intrigante que notamos foi que a árvore formava um imensa estrela, espalhando-se pela floresta, abraçando e protegendo tudo ao seu redor. Todos se olharam e foram impelidos a dar um grande abraço, cada um sentindo-se também, naquele momento, uma grande mãe.
Recolhemos nossas coisas, agradecemos a guarida e o presente, pois voltamos pessoas diferentes, já que agora tínhamos mais uma mãe… e um local para chamar de casa.
Joakim Antonio
Pulbicado originalmente no site Retratos da Alma
Imagem: The Hidden Guardian by La Vita a Bella
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terça-feira
Doçaria
Era a casa mais simples da vila e ao mesmo tempo a mais mágica. Quando crianças, esperavam a vovó acordar, abrir a janela, que rangia alto e oferecer algum doce feito na madrugada. Um dia ela foi dormir e não apareceu mais, ficou morando no sonhar. Hoje em dia, os moradores sentam na praça em frente e ficam a lembrar do passado. E quando o vento bate, balançando a janela, eles nem disfarçam. Viram a cabeça com os olhos brilhando e torcendo, para que a vovó apareça e lhes adoce a vida de novo.
Joakim Antonio
Imagem: The door in the dream by Kvikken
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