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domingo
Pagando o pato
No Horto Florestal, quando achar que está sendo seguido, não olhe para trás. Senão, pode ser você quem vai pagar o pato.
Joakim Antonio
Imagem: https://www.instagram.com/poetajoakimantonio
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Joakim Antonio
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sexta-feira
Guerreiro - Povo do lobo
No povo do lobo, os guerreiros são conhecidos pelo seu magnetismo. Quando quer conquistar alguém, ele nunca toca no nome de outro guerreiro. Quando não expressa, ninguém conhece sua musa. E suas conversas são segredos entre dois. Primeiro por respeito, segundo porque não é menino, terceiro porque ele só precisa da sua palavra, para mostrar a que veio.
Joakim Antonio
Imagem: Wolfman by Mrs dracula
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Joakim Antonio
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Primaveril
O povo do lobo era fascinado pela primavera. Diziam que no inverno, o espirito do lobo corria pelas estações futuras. Em cada uma delas, via tudo que necessitava ser novamente e voltava trazendo presentes. Ventava em pobres estruturas, chovia alagando terras, queimava parte da floresta, rolava pedras nas antigas estradas e então dormia. Para cada acontecimento, o xamã via uma lição. Filhos que estavam parados, ajudavam a criar novas estruturas, a terra absorvia a água e alimentava a floresta, em especial, as sementes que só abrem na presença do fogo e as pedras na estrada, os obrigava a criar novos caminhos. Para cada ato, o espírito na floresta se fortalecia em união. A divisão, entre lobo e floresta, não mais existia. No último dia de inverno, a pele daquele lobo se recobria de flores e sua face surgia calma, para um novo caminhar. E no horário certo, todos se reuniam para a grande festa, pois o abrir dos seus olhos, acordava a primavera.
Joakim Antonio
Imagem: In quietness by Alectorfencer
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quarta-feira
Guardiã
Neste fim de semana, vivenciei dias de trilhas, descobertas e presentes, sendo que a última experiência foi uma pequena iluminação de ideias, que trouxe paz ao coração de todos os envolvidos.
Ao entrarmos na mata, já sabíamos qual era a trilha e o local mais propício, mas fomos sendo atraídos para outro caminho, aberto aos olhos em conjunto, como que guiados ao nosso destino. Seguimos até encontrarmos uma árvore ainda desconhecida para nós, imponente e altiva, com uma energia que só conseguimos descrever como maternal. Uma grande mãe no topo da floresta, oferecendo guarida aos filhos, que em agradecimento também a protegiam. Fato impossível de não ser notado, pela quantidade de moradores da floresta que apareceram, fazendo com que também agradecêssemos.
Foi um momento surreal, pois alguém teve a ideia de abraçar a árvore para agradecer. Uma energia de paz percorreu a todos e, de olhos fechados, podíamos ouvir cada habitante da floresta a nos envolver, como em uma dança ancestral… o crepitar das folhas sendo pisadas nos deixava perceber o quanto seus outros filhos estavam perto e nos rodeando, numa enorme ciranda em volta da grande mãe.
Ao abrir os olhos, cada um contou suas percepções, mas a mais intrigante que notamos foi que a árvore formava um imensa estrela, espalhando-se pela floresta, abraçando e protegendo tudo ao seu redor. Todos se olharam e foram impelidos a dar um grande abraço, cada um sentindo-se também, naquele momento, uma grande mãe.
Recolhemos nossas coisas, agradecemos a guarida e o presente, pois voltamos pessoas diferentes, já que agora tínhamos mais uma mãe… e um local para chamar de casa.
Joakim Antonio
Pulbicado originalmente no site Retratos da Alma
Imagem: The Hidden Guardian by La Vita a Bella
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Joakim Antonio
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terça-feira
Besta fera
Em algum lugar, com poucos animais e um resto de floresta.
Carlos seu incompetente, venha até aqui e me responda, porquê essas porcarias de árvores ainda estão de pé.
Me desculpe seu José, pensei que a secretária havia lhe avisado.
Aquela vagabunda? Aposto que fica na internet o dia inteiro, gastando meu suado dinheiro, empregados são todos folgados.
Então, é que descobrimos uma família de macacos, os moradores dizem que eles vivem aqui há muito tempo, ou como diz o Velho Ziza, desde que o mundo é mundo.
Me diga Carlos, eu tenho cara de otário, o que eu tenho haver com o Velho Ziza, aquilo é outro vagabundo sustentado pelo estado, casa cultural, sei, aquilo é só para desocupados, artista sou eu, que sustento esse vilarejo de povo folgado.
Mas é que o pessoal da universidade, deram a ideia de destinarmos essa parte para ser um parque florestal, eu gostei e além do mais...
Parque florestal, parque florestal? Você está ganhando quanto com isso Carlos, agora eu vou bem sustentar macaco, manda derrubar tudo isso hoje mesmo, não lhe pago para pensar e sim para...
Um macaco pula de repente e rouba o chapéu de José, para na sua frente e como quem risse, fica esticando o braço, como que chamando-o a pegar de volta. Ao mesmo tempo todos riem e se encantam, comentando sobre a beleza de sua pelagem, mas ao olharem para José, todos gelam. Ele ostenta na face um olhar terrível, as veias da têmpora saltam, denunciando sua acelerada pulsação e então, correndo para pegar o chapéu, faz o macaco fugir. Ele olha para as árvores e não consegue perceber o macaco escondido, observando ao longe e morrendo de medo. Nesse momento José começa a falar aumentando gradativamente o tom de voz.
Eu sei que você está aí , mas saiba que tudo isso vai acabar, aproveite bem seus últimos dias. Pois você nunca será melhor do que nós, pessoas civilizadas.
E então rindo, grita a plenos pulmões.
Seu animal, a-nimal, a-ni-mal, ANIMALLLLLL.
Joakim Antonio
Photo: Lennette_Newell_106
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sábado
Estripulia
Zum, zum, zum no terreiro
a mosca e o marimbondo
conversando o dia inteiro
Trololó na oca
papagaio e maritaca
fazendo fofocas
Quizumba na aldeia
todo mundo foge
quando Dona Onça chega
Muvuca na floresta
enquanto todos fogem
macacada faz a festa
Joakim Antonio
Imagem: Monkeys tea party by Beckystaples
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Joakim Antonio
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