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domingo
Melado
Poesia limpa é produto massificado
São letras em papel nunca usado
Tinta seca e morta
pelo esquecimento
de como usá-la
Poesia suja nunca é obscena ou chula
É soco certo no estômago
Regurgitar de pornografias
por serem sempre
verdades nuas
Poesia é livre, líquida e viva
Foi ideia pedindo para ser
Nasceu carente de leitura
envolve em abraços
escorre e lambuza
Joakim Antonio
Imagem: Ars poetica 13 by Andrei Bucataru
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Postado por
Joakim Antonio
às
14:34
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Marcadores: Brasil, escritas, portugues,
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tinta,
viva
sábado
Espera
Sede
amor
cultura
respeito
tempo
fechado
escuro
curto
fumaça
sufocante
espessa
acumulada
nuvens
esparsas
longínquas
dissolvendo-se
chuva
fria
finíssima
intermitente
corpo
quente
fraco
absorvente
visão
curta
turva
clareando
pessoas
estáticas
mortas
revivendo
orgulho
ferido
fechado
costurado
espinha
torta
ereta
fortalecida
mãos
abertas
espalmadas
agradecendo
cheiro
novo
doce
fresco
mudança
pingada
preciosa
esperada
A chuva começou
Joakim Antonio
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Postado por
Joakim Antonio
às
22:15
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